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O que sabemos sobre o COVID-19 em pets?

O mundo inteiro se encontra em estado de alerta: um novo vírus foi descoberto e ele se espalha fácil e rapidamente. Em todos os cantos do planeta, as pessoas estão confinadas em suas casas e a principal companhia de muitos são (nada mais, nada menos!) que seus pets. Aqueles parceiros que nunca nos abandonam estão do nosso lado para nos ajudar a superar esse momento de incerteza. Surge, então, a dúvida: animais podem contrair o COVID-19?

Logo no começo da pandemia, um cão em Hong Kong foi testado “leve positivo” para o Coronavírus após ter contato direto com sua tutora (também contaminada). Depois de duas semanas de quarentena, o animal foi testado novamente e apresentou resultado negativo para o vírus. Campanhas de detecção continuaram sendo realizadas e mais dois cães, em um grupo de dezessete cachorros e oito gatos (todos com contato direto com pessoas positivas para o vírus), também testaram positivo. Por último, no fim de março, foi confirmado o caso de um gato na Bélgica que havia sido contaminado.  

Infelizmente, por ser uma variação nova do vírus, os cientistas estão estudando e aprendendo tudo sobre o COVID-19 enquanto ele continua se espalhando por aí. Ainda assim, já se sabe que todos os animais que contraíram o COVID-19 tiveram contato com pessoas portadoras da doença e que não existe comprovação científica de que pets possam contaminar humanos. O gato na Bélgica apresentou sintomas similares aos sintomas humanos da doença, mas é importante observar que o vírus não se multiplica no organismo de animais domésticos como acontece no organismo humano.

Com isso, cães e gatos passam a ser hospedeiros acidentais. Há mais chances de pets contraírem o vírus por estarem em contato com humanos do que o contrário. Nessa cadeia de transmissão, animais domésticos são só “o cara errado no lugar errado”. Ou seja: não se preocupem e (OBVIAMENTE!) não dêem as costas para aqueles que estão sempre ao seu lado. Chequem sempre as fontes de informações antes de compartilhá-las e não disseminem informações falsas.

Por fim, é sempre bom lembrar: a quarentena é para TODOS, inclusive para nossos bichinhos. Do mesmo jeito que temos que nos manter higienizados, nossos pets também tem. Se seu cão precisa ir à rua pois é um “pequeno filhote” de 40kg e você mora em apartamento, prefira passeios curtos (veja a possibilidade de ficar dentro do condomínio  ou só dar a volta no quarteirão). Não se esqueça de dar opções de enriquecimento ambiental para o seu pet (mais posts por vir fique ligado!). 

Não deixe seu cãozinho cheirar ou se esfregar em tudo no passeio durante essa época. Sempre lave as mãos antes de coçar o rosto e evite, por um tempo, os lambeijinhos (sabemos que é difícil). Receber carinho de estranhos e brincar com outros cães é ótimo, mas não em tempos de isolamento social — 1,5m de distância mínima é essencial. Aqui, o que se aplica para nós também se aplica para eles, ok?!

Por Nathália Magalhães

 

Sobre

Nathália é veterinária e, como boa profissional da área, é completamente apaixonada por bichos. É especializada em tratamento intensivo e internação de animais domésticos. Teve bichos sua vida inteira e hoje divide apartamento com duas gatinhas bem peculiares.

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